Jean-Luc
Claire olhava para frente outra vez. Ajeitou-se na poltrona, reclinando-a. depois de alguns minutos em silêncio ela tornou a falar, como se já tivesse acabado de digerir a última informação lançada.
— Então Franz é como um deus no submundo.
Ri baixo, assentindo.
— Quase isso.
Outro gole no uísque.
Ela suspirou, pensativa.
— Existem algumas obras de arte roubadas há décadas na casa dele. Alguma chance de devolvê-las?
Ri novamente, balançando a cabeça em negativa. O tom leve da conversa agora parecia um presente raro nos últimos dias. Movido por um impulso incontrolável, inclinei-me e a beijei delicadamente. Claire não resistiu. Sua resposta foi imediata, intensa, quebrando a barreira entre nós.
O beijo evoluiu, tornando-se mais profundo, mais urgente. E nesse momento me perguntei se apenas o sexo agora seria capaz de fazer essa barreira abaixar por uma hora ou duas. Isso me entristecia