Jean-Luc
Claire
Na manhã seguinte, o médico apareceu. Estava apenas eu e ele enquanto me examinava. Olhei-o temorosa.
— Meu resultado de sangue está pronto?
— Sim. Você está bem.
Encarei-o tensa, esperando ele dizer algo sobre a gravidez.
Quando retirou o estetoscópio dos ouvidos, ele respirou fundo e olhou-me.
— Fique tranquila, senhorita Dubois. Em trinta anos aprendi a não me meter em assuntos particulares. Fui chamado aqui para tratar seu envenenamento. E você está bem.
Eu respirei aliviada, sentindo a tensão se esvair. Assenti para ele e sussurrei um obrigada.
O homem se levantou, pegou sua maleta e foi embora, retornando quatro dias depois. Eu ainda sentia os efeitos da intoxicação pelo gás. Minha cabeça pesava, meu estômago embrulhava constantemente, e meus pulmões pareciam queimados de dentro para fora. Mas nada disso me incomodava mais do que a raiva que crescia dentro de mim.
Jean-Luc havia prometido que eu estaria segura. Prometeu que nada aconteceria comigo. Mas ali estava