Jean-Luc
Ao chegar ao hospital, encontrei Charlotte na sala de emergência.
— O senhor não pode entrar aqui! — disse um enfermeira, quando invadi a sala de atendimento, abrindo as cortinas, procurando pela melhor amiga do amor da minha vida. Quando os olhos de Charlotte alcançaram os meus, eles desaguaram. O corte inchado em sua testa era fundo e recebia pontos.
— O que aconteceu? — perguntei, a voz firme, mas carregada de fúria.
Charlotte respirou fundo, ainda assustada e em prantos. Segurei seus braços com certa força, fazendo-a me olhar novamente.
— Vamos, Charlie! — falei firmemente. — O tempo pode custar a vida dela. Conte-me o que sabe?
— O senhor precisa se afastar e se retirar, já chamamos a segurança! — disse o médico.
Virei meu rosto para ele, encarando-o com um desejo imenso de lhe arrancar a língua.
— Sugiro que você se afaste — Meu tom saiu baixo, rouco e ameaçador.
O homem, que tinha a mão em meu ombro sentiu o perigo. Com olhos assustados, ele se afastou, recuando para o