Junto com os primeiros raios de sol, desci as escadas com as malas ao lado de Clara. Hélène já arrumava a mesa para o café, mas pedi que não se preocupasse — partiríamos cedo demais para precisar de formalidades. Tomei um café preto, forte, enquanto Clara preferiu um suco fresco. Pedi a Pierre que chamasse Ethan para trazer o carro de volta à propriedade.
Despedi-me de Hélène e Pierre com um aperto de mão firme e um olhar de gratidão silenciosa. Em poucos minutos, já seguíamos com Ethan em direção à pista particular. O piloto nos aguardava, como sempre, pontual e atento.
A decolagem foi suave. Lá do alto, o sol nascia sobre os campos, e Milão já nos esperava. O voo seria curto — uma hora e meia, talvez um pouco mais — tempo suficiente para conversarmos sobre o que vinha pela frente. Clara estava radiante, ansiosa para dar a notícia à família e para os preparativos do casamento. Falar dela como “minha mulher” ainda soava novo, mas havia nisso uma certeza que me aquecia por dentro.
Viaj