Pela manhã, meus pais já estavam prontos.

Desci as escadas junto de Clara e fomos levá-los até a pista. O piloto aguardava ao lado do jatinho, pronto para a decolagem.

Em um abraço apertado, me despedi da minha mãe.

— Se cuide, Clara — disse ela, com um leve sorriso, antes de entrar na aeronave.

Nos despedimos do meu pai com um firme aperto de mão, e, quando nos afastamos, o jatinho levantou voo, cortando o céu com elegância.

No dia seguinte, seria a nossa vez de ir a Milão para a inauguração da loja. Depois, seguiríamos para o Brasil, onde finalmente descansaríamos um pouco daquela rotina intensa de viagens.

De volta à casa, fui direto para o escritório da fazenda — teria algumas reuniões ao longo do dia.

Clara, entre uma ligação e outra, ora estava na varanda, ora no quarto, conversando com Rafaela, que transbordava gratidão pelo emprego na Maison Bianchi, e com sua família, que ainda tentava entender como ela estava prestes a se casar com um homem sobre quem nunca havia mencionado