O apartamento estava em silêncio pela primeira vez desde que saímos do hospital. Serena tinha ido jantar com meus pais, Isa e a mãe de Noah. Era estranho pensar que eu tinha um espaço só meu com ele agora, sem ninguém por perto, apenas nós dois e o filme que passava na televisão.
Ele disse que era um dos meus favoritos. Não me lembrava de ter visto antes, mas algo na trilha sonora, nas cores da tela e até no ritmo das falas me deixou aconchegada, como se fosse uma música antiga que eu sabia de cor, mesmo sem ter consciência disso.
Estávamos lado a lado no sofá. Noah tinha o braço apoiado no encosto, perto da minha cabeça, e o calor dele era quase sufocante. Eu não sabia dizer se era o filme, ou a proximidade dele, mas meu coração estava acelerado, e minhas mãos estavam inquietas sobre meu colo.
— Você está sorrindo — ele murmurou, olhando para mim em vez da tela.
— Acho que gostei… — respondi baixinho, surpresa comigo mesma. — É um bom filme.
O sorriso dele se abriu, aquele mesmo que