O carro parou diante da casa dos meus pais e, por alguns segundos, senti o coração bater mais rápido. Não era a primeira vez que eu estava ali depois do acidente, mas parecia diferente. Talvez porque agora eu não vinha sozinha. Ao meu lado, Noah dirigia com serenidade, e no banco de trás minha sogra — ainda um pouco tímida, mas com os olhos iluminados de expectativa — tentava entreter Serena, que batia as mãozinhas no carrinho como se tivesse pressa de chegar.
Respirei fundo. A casa branca, com as janelas azuis e o jardim cheio de flores que Isa tanto cuidava, me trouxe uma sensação estranha de familiaridade. Não era uma memória clara, mas sim um aconchego no peito.
— Pronta? — Noah perguntou, pousando a mão sobre a minha.
Assenti, sorrindo. — Vamos.
Assim que a porta se abriu, minha mãe me envolveu em um abraço apertado, e logo depois beijou a neta, sem se importar com o olhar carinhoso da sogra de Noah. Meu pai apareceu em seguida, com aquele jeito sempre calmo, e levou a bolsa com