Domingo de manhã sempre teve um ar diferente. O mundo parecia mais calmo, menos apressado. Giulia e eu estávamos de pé cedo, arrumando a bolsa de Serena, separando roupinhas, fraldas, mamadeiras e o brinquedo favorito dela — um coelhinho rosa que já estava quase gasto de tanto ser apertado.
Enquanto dobrava uma das roupas minúsculas, senti um aperto no peito. Era uma sensação estranha perceber que, depois de tanto tempo afastado, agora eu fazia parte dessa rotina. Essa era a minha família.
— Você acha que ela vai sentir falta da gente? — perguntei, quase em tom de brincadeira, mas a verdade é que o medo era genuíno.
Giulia riu baixo, olhando para mim com aqueles olhos que sempre me desmontaram.
— Vai ser só por algumas horas, Noah. Meu pai e Isa mimam ela tanto que Serena nem vai lembrar que não estamos por perto.
Eu estava prestes a responder quando a campainha tocou.
Miguel e Isa entraram com sorrisos largos, e o coração de Giulia se iluminou na mesma hora. Ela sempre ficava mais le