Marcelo de Capri
Assim que saí da reunião, fui direto para meu escritório. Fechei a porta, servi um copo de whisky e me sentei em frente à lareira. A madeira estalava como se pressentisse que sangue seria derramado em breve. Peguei o celular, desbloqueei, e procurei pelo número salvo com o codinome "Lobo da Neve".
Era assim que chamávamos nosso contato principal dentro da máfia polonesa.
Toquei uma vez. Duas.
— Marcelo. — A voz veio rouca e direta. — Já esperava sua ligação.
— Então sabe o que quero.
— Você quer Gregório Hackman morto.
Sorri. Sempre admirei a objetividade deles.
— Quero que a vida dele vire um inferno. Ainda não é hora de matá-lo. Não oficialmente. Mas quero que ele sinta o peso da guerra que está por vir. Ele roubou território, cargas e agora está se sentindo invencível. Quero cortar as asas antes que ele comece a voar.
— Explique.
— Tem uma base dele ao norte de Manhattan. Pequena, mas estratégica. É abastecida semanalmente e tem acesso direto a uma das principais r