Ava
Quando meu celular apitou, eu estava na academia com a Cessi. Tinha acabado de terminar a última repetição do circuito quando ouvi o som de mensagem. Peguei o aparelho ainda ofegante, enxugando o suor do rosto com a toalha.
Mas quando li a mensagem… meu corpo gelou.
“Oi, amor. Tá tudo bem. Sofremos um ataque em uma das bases. Fui atingido de raspão. Já estou sendo atendido. Te explico tudo quando chegar. Te amo.”
A toalha caiu da minha mão. O celular também. Tudo ficou em silêncio, mesmo com a música alta da academia e os sons dos aparelhos.
A voz da Cessi pareceu vir de longe:
Cessi: "Ava? Que foi? Tá branca!"
Eu me abaixei pra pegar o celular e só consegui dizer:
Ava: "Gregório... foi baleado."
O grito da Cessi ecoou mais do que o meu desespero.
Não pensei. Não vesti outra roupa. Não peguei água. Não levei bolsa. Saí correndo da academia com o coração batendo tão forte que parecia qu