Gregório
O caminho de volta pra casa foi silencioso. Ava estava com a cabeça encostada no meu ombro dentro do carro, a mão dela segurando firme a minha. Ela ainda estava abalada, e eu também. Mesmo com o corte superficial no braço, a sensação de vulnerabilidade mexeu comigo.
Não era só sobre a bala. Era sobre o que ela representava.
Tocar em mim era um recado. Um aviso.
Mas ninguém ameaça um Hackman e sai impune.
Quando o carro dobrou na alameda que levava até minha casa, a primeira coisa que percebi foi a quantidade de carros estacionados na frente. E não eram qualquer carro. Eram os carros deles.
Suspirei, soltando a mão de Ava devagar.
Ava: "Que foi?"
Gregório: "O conselho está aqui."
Ela franziu a testa.
Ava: "Conselho?"
Gregório: "Os mais antigos. Os que fundaram a base da nossa organização. Eles só aparecem quando querem me lembrar que, por mais que eu seja o rosto do poder, eles são as mãos invisíveis que ajudam a sustentar tudo."
Ava engoliu seco.
Ava: "Quer que eu fique no ca