Ava
Acordei com um bilhete ao lado do travesseiro.
"Vista algo leve. Algo que te faça sentir linda. Eu quero você se sentindo como a mulher mais incrível do mundo, porque é isso que você é. Te espero às 17h no píer. Amor, Gregório."
Me apoiei no cotovelo, lendo aquela letra firme, masculina, e com o coração batendo mais rápido que o normal.
Gregório.
Aquele homem me desmontava com flores e me reconstruía com gestos.
Vesti um vestido branco esvoaçante, leve, com sandália baixa e prendi o cabelo num coque bagunçado. Passei um gloss suave e um perfume floral. Me olhei no espelho e, pela primeira vez em muito tempo, sorri pra mim mesma.
Me senti bonita. De verdade.
Quando cheguei no píer, a luz do fim da tarde dourava tudo. Mas o que me deixou sem ar mesmo foi o barco.
Era grande, todo branco, decorado com cortinas finas que dançavam com o vento. Luzes de fada penduradas em toda a lateral, pétalas brancas e vermelhas no chão, e uma mesa posta com flores frescas, frutas e champanhe.
Gregór