Ava
Quando eu disse pra Gregório que queria malhar, eu pensei que ele fosse, no máximo, me matricular em alguma academia chique da cidade.
O que eu não esperava… era acordar com o som de martelo e furadeira vindo do andar de baixo.
Desci ainda de pijama, o cabelo preso no coque mais desajeitado do mundo, e dei de cara com um batalhão de operários montando esteiras, espelhos, suportes de peso, uma área com colchonetes, bolas gigantes, halteres organizados em prateleiras cromadas…
Ava: — O que é isso?!
Gregório, do canto da sala, segurando uma prancheta como se fosse engenheiro civil:
Gregório: — A sua academia.
Ava: — Minha?
Gregório: — Você disse que queria começar. E eu disse que ia te ajudar. Agora você não vai precisar sair de casa, nem se preocupar com olhares, nem esperar máquina vagar.
Ava: — Você montou uma academia só pra mim?
Gregório: — Claro que não. Eu também vou usar. A diferença é que você vai ser a prioridade.
Revirei os olhos, tentando não sorrir como uma boba apaixona