Os dias seguintes ao pedido de Gabriel foram intensos no solar. Isabel acordava todas as manhãs com a mesma sensação: a vida, enfim, parecia se reconstruir diante de seus olhos. Teresa se envolvia nos preparativos do casamento com entusiasmo, cuidando de cada detalhe, e a casa, que antes parecia pesada de lembranças, agora respirava leveza.
Gabriel participava de tudo, mas de uma forma prática e serena. Estava sempre ao lado de Isabel, ouvindo suas escolhas, sugerindo quando necessário, mas, sobretudo, fazendo com que ela sentisse que não estava mais sozinha. Uma tarde, quando deixaram uma loja de vestidos de noiva, Isabel apertou o braço dele e sorriu.
— Nunca imaginei que viveria isso de novo. Escolher flores, tecidos… planejar o dia do meu casamento.
Gabriel a olhou como se ela fosse a única mulher na rua movimentada.
— Nunca imaginei que desejaria tanto viver isso com alguém.
As palavras dele ficaram gravadas no coração dela, como um selo.
Enquanto Isabel se permitia sonhar, em Va