O Mansão dos Ferraz tinha uma atmosfera nobre naquela noite. Cada havia marcas do tempo, a história poderia se ler nas paredes da mansão, fotos e marcas que marcavam gerações. Isabel caminhava devagar pelo mármore, e se sentia estranha.
Dividir a casa com Gabriel era parte do contrato. Ele parecia sempre estar presente, mas ao mesmo tempo ele respeitava seu espaço. Diferente de Adriano, ele não ela caloroso, mas parecia cuidar dela sem que ela precisasse pedir. A forma como ele se mantinha presente, sem invadir, acabava trazendo uma segurança que Isabel não lembrava de ter sentido em muito tempo.
Na manhã seguinte, a visita de Teresa quebrou a rotina silenciosa. A mãe surgiu na varanda com o porte firme de sempre, trazendo nas mãos uma pequena caixa de veludo. O peso da herança familiar parecia caber ali dentro.
— É importante que a cidade a veja não apenas como noiva, mas como herdeira legítima — disse, entregando as joias antigas à filha. — Hoje à noite, no jantar dos Ferraz, será s