Adrian
Já era noite quando adentramos no bosque e noite parecia respirar comigo.
O bosque se estendia à nossa frente como um corredor antigo, moldado por raízes e galhos retorcidos. A lua cheia se infiltrava entre as copas das árvores, derramando sobre nós um brilho prateado que transformava tudo em algo quase sagrado. O vento carregava o aroma de terra úmida, de flores selvagens, e o eco distante de criaturas noturnas. Mas havia algo mais ali, algo que vibrava em cada folha, em cada sopro. A floresta sabia quem éramos. Ela nos reconhecia.
Eu caminhava ao lado de Elara, sentindo sua presença pulsar como um fogo dentro de mim. Cada passo que ela dava, cada movimento suave de sua respiração, fazia minha pele arder. Desde que meus lábios haviam provado os dela, desde que a marca de nosso destino se revelara, eu não era mais o mesmo. O instinto me clamava, feroz, selvagem. Mas junto dele, havia ternura, havia devoção. Porque ela não era apenas minha Luna. Ela era minha vida.
— Adrian... —