Elara
O silêncio da cabana era insuportável.
Desde que Adrian partira, a casa parecia maior, mais fria, como se cada canto respirasse um abandono que eu não queria admitir. Eu caminhava em círculos, o colar pulsando em meu peito como um lembrete constante de que nada seria normal de novo.
Daren mantinha-se em silêncio, trancado em seu quarto. A ausência dele era quase tão dolorosa quanto a de Adrian. Eu sabia que carregava culpas, segredos e medos — mas isso não tornava mais fácil a sensação de estar sozinha.
O espelho rachado ainda estava no mesmo lugar, encoberto por um pano que eu mesma havia jogado sobre ele. Não suportava mais vê-lo. O reflexo me encarando parecia zombar de mim.
O tempo escorria como areia. Quando finalmente ouvi passos lá fora já era dia o sol já brilhava forte lá fora, meu pai já havia saído para ir para lida a mais ou menos á umas duas horas. Meu coração disparou antes mesmo de a porta ranger.
Ele voltou.
Adrian entrou, a figura alta preenchendo o espaço peque