(POV Selene)
A escuridão não era silêncio.
Era voz.
O selo queimava no meu pulso, luz prateada que se transformava em círculos ao meu redor. Três círculos. Três forças.
E então vieram as palavras, não como som, mas como verdade gravada no meu sangue:
“Pedra.”
“Fogo.”
“Veneno.”
Cada uma dessas palavras latejou no selo, como batida de tambor. E então, juntas, a sentença final:
“Quanto mais deles, mais de você.
Você não é só carne.
É lua.”
A lua surgiu acima de mim, imensa, vermelha, sangrando. Quando tentei erguer a mão para me proteger, a marca brilhou mais forte e me puxou para dentro da luz.
O grito ficou preso na garganta.
E acordei.
Meu corpo arqueou de repente, o suor frio colando a camisa ao peito. O ar parecia denso, pesado demais. Olhei em volta, ofegante. O depósito estava em penumbra, mas eu não estava sozinha.
Nunca estava.
Dorian estava sentado à beira do colchão, os olhos de fogo fixos em mim, atentos.
Ronan, no canto, afiava a lâmina sem pressa, mas o olhar negro acompanh