CAPÍTULO 66
Entre o sal do mar e o gosto da pele
O vento quente da Sicília entrou pela porta do carro assim que Eduard abriu para ela. O ar vinha carregado de sal, misturado ao perfume de limoeiros que cresciam nos campos próximos. Alinna respirou fundo, como se pudesse encher o peito de coragem junto com o ar. Não adiantou. O calor que sentia não vinha apenas do clima, mas do homem que estava ao lado dela, guiando cada passo.
O carro preto os esperava na pista do aeroporto privado. Eduard colocou a mão na nuca dela assim que saíram. Um toque firme, quase imperceptível para quem olhasse de longe, mas que em sua pele queimava como ferro em brasa. Não era carinho. Era marcação de território.
— Olha pra frente, amor… — ele disse, baixo, a voz grave vibrando contra a lateral do rosto dela. — Quero que a Sicília veja você ao meu lado.
Ela não respondeu. O coração acelerou quando sentiu os dedos dele pressionarem um pouco mais, guiando-a até o carro. Assim que entraram, ele fechou a porta