CAPÍTULO 39
Quando o corpo fala o que a alma ainda não consegue admitir.
A água morna do rio escorria pelos corpos, misturando suor, desejo e lembranças. Eduard se aproximou, os olhos fixos nela como se procurasse ali todas as respostas que o mundo nunca deu.
— Alinna… — ele murmurou, afundando os dedos nos cabelos molhados dela. — Você me enlouquece.
Ela fechou os olhos ao sentir a pele dele tocar a sua. Os dedos quentes encontraram sua cintura nua debaixo da água, e ela estremeceu. O silêncio era denso, mas não doía. Pela primeira vez em dias, não doía.
— Não fala nada… — ela sussurrou. — Só… fica.
Ele obedeceu. Aproximou o rosto, sentiu o hálito dela se misturar ao seu. O beijo veio lento, profundo, sem pressa, como se cada segundo precisasse ser eternizado. As mãos dele deslizaram por suas costas, subindo devagar até a nuca, puxando-a com mais intensidade para si.
Ela o abraçou com as pernas, instintiva, os corpos se colando sob a água, as respirações ofegantes. Eduard mordeu o lá