CAPÍTULO 38
Quando a paixão tenta curar uma ferida que ainda sangra.
O relógio marcava 17h quando Eduard entrou na mansão. Largou as chaves na mesa do hall, afrouxou a gravata com impaciência e caminhou em passos firmes até o andar de cima. O cansaço não vinha do corpo, mas do peso nos ombros — e do nome dela martelando na mente desde cedo.
Jarbas estava sentado ao lado da cama de Alinna, que dormia em silêncio.
— Boa tarde, senhor Jarbas.
— Boa tarde, senhor Eduard.
— Como ela está?
Jarbas olhou para o rosto abatido da moça.
— Nada bem. Teve uma crise emocional forte. Está frágil. Muito frágil.
— Devo contratar um psicólogo?
— Não entendo disso, senhor. Mas pergunte a um. Explique a situação, veja se é necessário. Com licença.
Jarbas levantou-se e saiu do quarto com discrição.
Eduard a observou por alguns segundos. O rosto tranquilo no sono escondia a dor que ela carregava acordada. Aquilo mexia com ele mais do que queria admitir.
Voltou ao próprio quarto, entrou no chuveiro, deixou