O som suave do choro de Enzo me desperta, invadindo o silêncio gostoso daquela manhã de sábado. Sinto o calor do braço de Santino em volta da minha cintura, pesado, possessivo, como se mesmo dormindo ele quisesse me manter ali, colada nele. Viro o rosto e olho o rádio-relógio na mesinha de cabeceira. Oito horas.
Santino se aninha mais em mim, me apertando pela cintura, e deposita um beijo lento, preguiçoso, no meu pescoço, exatamente no ponto que sabe que me faz arrepiar. Sua voz rouca, quebrada de sono, desliza pelo meu ouvido.
— Pode trazê-lo aqui... enquanto você faz a mamadeira... — boceja, ainda de olhos fechados.
Sorrio, acariciando o dorso da mão dele que repousa sobre meu ventre.
— Hoje é sábado... Eu o levo para a sala. Lúcio já deve estar acordado e Lola... ah, Lola já deve estar falando pelos cotovelos. — Dou uma risadinha. — Eles vão amar ficar com ele. Dorme mais um pouquinho.
Ele se espreguiça, roçando o corpo no meu.
— Pode trazê-lo... — diz, segurando minha mão e levan