Lola assente e se senta no sofá.
— Ah, desculpe. Esta é Carol Blake. Ela é filha do doutor Ryan. Carol, essa é Marina Baker, nossa filha adotiva.
Sorrio com simpatia para Carol. A menina é linda, parece uma boneca de tão perfeita, com cerca de catorze anos.
Cabelos castanhos, sedosos… olhos azuis que agora me encaram com intensidade.
Ela deve ter me reconhecido… com certeza sonha em ser modelo.
— Eu me lembro de você — diz ela, enfática.
Dito e feito.
Sorrio, mas volto minha atenção ao médico que chama Lola no corredor. Me levanto, apreensiva, prestes a ir ao encontro deles, quando a menina diz:
— Você é a garota do acidente.
Paro. A encaro, curiosa.
— Como sabe?
— Eu estava lá com meu pai. Estávamos do outro lado da calçada quando aquele caminhão cheio de produtos químicos avançou o farol vermelho… e o carro de vocês se chocou contra ele.
As palavras dela aguçam ainda mais a minha curiosidade. Eu mesma não vi o acidente acontecer. Só me lembro de estar sorrindo para Santino… e então,