Pela primeira vez em dias, eu estava sozinha, completamente sozinha, fui para o quarto ainda sem saber o que fazer. Me sentei na cama, apertando os lençóis contra o corpo, e encarei o quarto de madeira rústica, que ele tinha decorado com flores silvestres, velas aromáticas e mantas quentes. Tudo parecia parte de uma ilusão cuidadosamente montada para me manter presa.

Sabia que o que Brandon queria não era apenas amor. Era posse. E agora, com um filho crescendo dentro de mim, a prisão havia ganhado outra forma. Mas eu não conseguia odiar aquela vida que carregava. Ele ou ela, era inocente. Era fruto de um amor que nunca existiu, mas também de momentos em que eu acreditei estar segura, acolhida, até mesmo... amada.

Estava perdida em pensamentos quando a porta se abriu e um homem alto, de postura firme, entrou no quarto. Usava roupa preta e farda discreta. Um dos seguranças. Mas não era um dos brutos. Tinha olhos calmos.

— Senhora Naira? — perguntou com um tom educado. Assenti, ainda des