Ele saiu do quarto como se o tempo tivesse desacelerado. O som da porta batendo pareceu ecoar pelas paredes, mas tudo em mim estava mudo. Meu corpo tremia. As lágrimas escorriam, mas eu nem sentia. Só observava Brandon se afastando… com aquele olhar frio e possessivo, como se tivesse feito a coisa certa.
Estava com as roupas rasgadas, como se o tecido denunciasse a violência que por pouco não se consumou. Me encolhi no chão, tentando cobrir o que restava de mim com os braços, com o lençol, com qualquer coisa. Mas não havia proteção. Não mais. A dor era maior do que física. Era existencial. Tudo... tudo era mentira.
A casa, os sorrisos, os jantares à luz de velas, os beijos apaixonados. O amor que ele dizia sentir. As palavras doces, os toques suaves, as promessas. Os pais dele, atores? Fotos manipuladas? Meu passado inventado. Meu sobrenome, meu rosto, meu corpo... usados por ele como se fossem propriedade.
"Você é minha."
As palavras dele ainda ecoavam dentro de mim, como punhais sen