O pátio do frigorífico abandonado transformou-se numa arena privada. As luzes de emergência piscavam sobre os corpos dos guardas caídos, e o cheiro de pólvora misturava-se ao ar salgado do porto. No centro de tudo, Isis e o Tenente Torres encaravam-se, dois polos de um universo de ódio.

A equipe da aliança mantinha o perímetro. A vitória tática era deles, mas a batalha real, a que importava, estava a acontecer ali, entre aqueles dois.

— Você realmente achou que isso ia acabar bem para você? — a voz de Torres era um rosnado baixo, a arrogância a lutar contra o choque da derrota. — Uma favelada a brincar de general. Patético.

Isis deu um passo lento na direção dele, a arma ainda firme na sua mão, mas o seu olhar era a sua verdadeira munição.

— Eu nunca brinquei de general, Torres. Eu sempre fui rainha. A diferença é que o meu reino tem alma. O seu só tem sangue e medo. — ela respondeu, a voz cortante.

Ele riu, um som oco. — E o meu filho? O que você fez com ele? Uma lavagem cerebra