Mundo de ficçãoIniciar sessãoVINGANÇA é a história uma adolescente que se vê forçada a cometer um crime enquanto tenta salvar sua mãe das garras um terrível agressor, e desde então sua trajetória de vida passa a ser feita apenas de dor, sofrimento e perseguição, até conhecer um homem que por amor decide ajudá-la a encontrar paz, liberdade e total felicidade
Ler maisTraída pelo noivo e pela própria irmã, Ayla decide recomeçar sua vida em uma cidade distante,
determinada a reconstruir sua confiança e deixar o passado para trás. No entanto, o que aceitou não ser um dia feliz, se tornou um caso irritante. O vento gelado me abraça assim que saio do aeroporto. Respiro fundo. Confiro no celular o endereço do hotel, ergo a mão e paro um táxi. No exato instante em que abro a porta, a do lado oposto se abre também. — Rua das Acácias, por favor. — A voz masculina, firme, preenche o carro. Viro, franzindo a testa. — Esse táxi já está ocupado. — Minha voz sai firme... mas trêmula. Ele me encara, e por um segundo, o ar some dos meus pulmões. Olhos negros, intensos, frios. Maxilar marcado, cabelos escuros desalinhados. Nada nele se abala. — Ok. — Dá de ombros, olhando pro motorista. — Estou com pressa. Pode seguir. Cerro os punhos. A audácia. Como se eu já não tivesse passado o suficiente nas últimas horas. — Se está com tanta pressa, sugiro que encontre outro táxi. Esse já tem dona. — corto, amarga. Ele acende um cigarro, jogando os fios de cabelo pra trás com um movimento irritantemente elegante. Me lança um sorriso torto, cínico... e, de algum jeito, perigosamente bonito. — Isso é tudo? Prendo a respiração, unhas cravando nas pernas. Eu deveria estar chorando, implorando por uma trégua da vida... Mas não. Estou discutindo por um táxi. — Eu não vou a lugar algum com você nesse carro. — solto, amarga. Ele ri. E aquele som... deveria me irritar, mas em vez disso, me arrepia. Tem algo nele que provoca e, ao mesmo tempo, alerta. Um sorriso limpo, insinuante... Mas os olhos? Sombras puras. — E o que você tá esperando? — traga, soltando a fumaça. — Desce. Abro a boca, pronta pra despejar nele tudo que me sufoca desde... Desde que encontrei meu noivo na cama com a minha própria irmã. A cena pulsa como uma ferida aberta. As promessas, as mentiras, tudo implodiu em questão de minutos. Ele me acusou. Disse que eu o traí. Quando, na verdade, foi ele quem destruiu tudo. Fugir foi tudo que me restou. Antes que aquela cidade me destruísse também. — Calma! — o motorista se mete, nervoso. — Dá pra resolver. Moça, pra onde você vai? Respiro fundo, engolindo o orgulho. — Grand Palace Hotel. O motorista sorri, aliviado. — Ótimo, é caminho do nosso amigo aqui. Levo os dois. Cruzo os braços, bufando, olhando praquele homem. Ele traga o cigarro, olhando pela janela, indiferente. A decisão é minha. Cedo. — Tudo bem. — Minha voz sai mais rouca do que queria. O táxi arranca. Observo a cidade pela janela, estranha, desconhecida... e, de repente, tudo o que eu sou também me parece estranho. — E você, senhor? — o motorista pergunta, quebrando o silêncio. — Vai pra onde? Ele j**a a bituca pra fora. — Cemitério das Flores. Me viro pra ele, surpresa. E só então percebo os detalhes. Terno preto, impecável. Expressão dura. Olhar vazio. Está indo pra um funeral. Meu peito aperta. — De quem...? — escapa, sem que eu consiga evitar. Ele me olha, como se não esperasse a pergunta. — Isso não soa inconveniente? — Estar nesse táxi também é. — rebato. Por um segundo, quase vejo um sorriso. Mas evapora rápido. — Minha esposa. — A voz vem seca, cortante. Sinto meu corpo enrijecer. — Eu... sinto muito. — murmuro, sincera. Ele me observa por longos segundos. Então, seus lábios se curvam. Não em tristeza. É algo mais... sombrio. — Não sinta. — abre a porta, já saindo. — Estou aliviado que ela finalmente morreu. Congelo. Antes que eu processe, ele desce e desaparece, caminhando na direção do cemitério. Deixa pra trás o cheiro de cigarro... e um isqueiro elegante, pesado, com iniciais gravadas em baixo relevo: J.B.Grandes e importantes comerciantes mudaram-se da capital para a nova cidade localizada no Marajó, a população aumentou e carecia de um governante. O convite lhe foi feito. A princípio relutou, mas com o incentivo dos habitantes e o apoio de Maurício cedeu aos apelos e aceitou candidatar-se e foi eleita a primeira governante mulher no Estado com um número expressivo de votos, sem dar a menor chance aos demais candidatos ao cargo. Quatro anos mais tarde, depois de ter cumprido com êxito seu primeiro mandato político e recebendo vários títulos honrosos pela vida dedicada os mais carentes e pelos diversos programas de apoio a ribeirinhas, aceitou de seu partido a proposta para concorrer ao mandato de governadora do Pará. O que fez e mais uma vez foi eleita em primeiro turno das eleições, e governou seu Estado com a mesma dedicação em favor das classes sociais mais necessitadas. Dessa Maneira deixou na história um legado do qual seus filhos e netos. bem como toda sua
As matas em redor do rio ficaram completamente cheias de homens a procura dos sequestradores, foi feito um grande cerco por toda a extensão da área para onde eles poderiam ter seguido, Martim acreditava que estivessem intencionados a descerem até o cruzamento das águas dos dois afluentes, onde certamente fariam uso de alguma embarcação em direção a Manaus. O que ainda os preocupava era não saber ao certo o que eles poderiam ter feito com Maurício, visto que de nenhuma valia teria se já estavam de posse de todo o dinheiro que exigiram para libertá-lo. Walquíria estava bastante apreensiva quanto a isto e pedia-lhes mais empenho nas buscas: — Por favor, meus amigos, peço-vos total empenho nesta busca por libertar Maurício, lembrem-se que ele daria a própria vida para ajudar qualquer um de vocês — Sabemos disso patroa, o patrão é bom homem e faremos o que for possível para trazê-lo de volta para casa sã e salvo o mais breve possível, fique tranquila que tudo
— Querida, quero lhe fazer uma proposta — Mesmo? Então me fale logo, pois você sabe o quanto nós mulheres somos curiosas! — Está bem: O que você acha de fazermos uma viagem a Paris para esquecermos um pouco toda essa tribulação pela qual passamos nestes últimos meses? — Mas que ótima ideia meu amor,você sempre com suas grandes surpresas. Sim, vamos sair um pouco deste lugar e tentar esquecer tudo pelo qual passamos — Isto mesmo, sem esquecermos dos traumas causados em Felipe com tantos problemas — É verdade, nosso filho precisa ter um pouco de paz — Todos nós carecemos disso para superar tantas dores, estarei comunicando nossa decisão a nosso agente de viagens para que tome as providências necessárias o quanto antes O casal aproveitou os últimos minutos antes do anoitecer para trocar carícias e vislumbrar o deitar do sol sobre as águas do rio, que serena descia em silêncio, observ
Apesar das providências tomadas por Maurício em contratar os melhores defensores para tentar evitar a condenação, Walquíria foi a júri popular, julgada e condenada em primeira instância pelo crime cometido contra seu pai adotivo Damásio Lisboa, sendo absolvida da acusação de assassinato da mãe, encontrada sem vida na mesma ocasião. Logo que foi dado o veredicto final a condenada foi de imediato levada para uma prisão de segurança máxima. A penitenciária feminina localizava-se na cidade de Americano, município de Belém, local onde eram mantidas em regime fechado, sem direito a visitas, mulheres consideradas criminosas da mais alta periculosidade. Em completo desespero, ciente dos riscos que sua amada iria se expor naquele lugar, Maurício investiu pesadamente na contratação de novos defensores que já tinham obtido êxito em casos complexos como aquele. No propósito de tentar reverter a decisão tomada pela justiça paraense, que não considerou ter a acusada agido em
Naquela manhã de inverno, quando chovia forte e uma ventania oriental soprava lentamente sobre os telhados da belíssima casa na fazenda, cercada por um florido jardim, cheio de rosas vermelhas e jasmins do campo. Durante sua passagem, o vento fazia um barulho suave, gostoso de se ouvir junto ao trepidar dos pingos de chuvas que caiam sobre as telhas de barro. Fabricadas nas olarias locais, pelas mãos calejadas dos muitos colonos que sobreviviam deste ofício. Às janelas, com seus vidros escuros, mal permitia se ver lá fora. Mas o frio que acompanhava o anoitecer era bom demais de ser sentido e propicio para o amor, e o casal permanecia ali. Diante da lareira, completamente entregues a paixão do momento,aproveitando cada segundo da felicidade que lhes foi permitido viver, depois de tantos sofrimentos. Depois de finalmente vencer e destruir o mal que lhes perseguia, os dois poderiam finalmente recomeçar a felicidade que foi bruscamente inte
Sua indignação era tamanha que, olhando seriamente para seus subalternos ordenou-lhes, dizendo: — Levem este maldito de volta para suas terras, quero vê-lo pagar por suas atrocidades no mesmo lugar onde meus amigos perderam suas vidas de forma cruel e impiedosa! — Vamos voltar? Não seria mais prático me dar um tiro certeiro no peito ou na cabeça e acabar logo de vez com essa palhaçada? Acha mesmo que alguma coisa que fizer contra mim vai vingar a morte daqueles inúteis? Eles morreram como mereciam morrer, eu os matei como se deve matar uns cães sem qualquer importância! Ela o golpeia com um forte chute no queixo, estando ele de joelhos, enraivecida ao ouvi-lo menosprezando aqueles a quem amava e os viu sendo mortos sem que pudesse ajuda-los. Depois daquelas coisas, seguida por Maurício e seus homens, chegou depois de várias horas ao destino. O local de seu cativeiro e o palco de execução do casal de amigos que se compadec
Último capítulo