A noite havia caído pesada sobre a fortaleza. O silêncio do pátio parecia anunciar que algo grande estava prestes a ser decidido. Sara permanecia ao lado de Don Vitório, firme mas inquieta. Ao fundo, a chama das tochas iluminava os corredores de pedra.
Foi então que o pai dela se aproximou, o olhar sério, carregado de uma decisão já tomada.
— Don Vitório,— começou, com voz grave. — Não há mais como poupar Rivera. Nem Carmelita.
Vitório ergueu os olhos, frio, mas atento.
— Explique.
O cigano se aproximou mais, como se cada palavra fosse um segredo perigoso.
— Vamos devolvê-los. Mas não como prisioneiros. Vamos dar a eles a liberdade. Só que a liberdade deles será a própria sentença.
Vitório o observou em silêncio. O pai de Sara continuou:
— O alimento e a bebida deles serão envenenados. Não para matá-los imediatamente, mas para garantir que vivam apenas o bastante para chegar até Pietro. Rivera e Carmelita irão vivos