O avião pousou discretamente no pequeno aeroporto de Palermo, em um dos hangares particulares que Vitório mantinha ali havia décadas. Seus homens não eram estranhos àquela cidade. Alguns tinham casas no centro histórico, outros vínculos com comerciantes locais. Palermo era um dos pontos mais estratégicos da família, e por isso, entrar ali como fantasmas era tarefa possível.
Ao descerem, ninguém parecia soldado da máfia. Nenhum terno, nenhum sapato engraxado, nenhum olhar arrogante. Vinham vestidos de estivadores, pescadores, feirantes. Camisas gastas, calças manchadas de sal, chapéus simples. Misturavam-se facilmente aos homens do porto e da feira central.
— Lembrem-se… — disse o chefe do grupo, ajeitando o chapéu de palha. — Ouvem mais do que falam. E não confiem em quem sorri demais.
Dividiram-se em duplas. Uns seguiram para a feira, outros para as tavernas, outros ainda para o cais.
Vozes de rua
Na feira, o cheiro de pei