SOFIA
Acordei com o cheiro de pão fresco vindo da cozinha. Enzo já estava sentado à mesa, com Eduardo ao lado, ambos vestindo aventais improvisados de guardanapo.
— Café da manhã do chef Ferraz! — Eduardo anunciou, todo orgulhoso, colocando um prato com torradas tortas e frutas cortadas de forma… criativa.
— Fiz a estrela, mãe! — Enzo disse, apontando pra uma fatia de manga que, com muito esforço e imaginação, realmente parecia uma estrela.
— Tá lindo, meu amor — sorri, sentindo o coração aquecer com a cena.
Sentamos juntos e tomamos café como se não existisse pressa, nem compromissos, nem relógio. Eduardo falava sobre como Lisboa parecia mais bonita do que lembrava. Eu falava sobre a faculdade, mas tentando manter o assunto leve. Enzo, entre uma mordida e outra, só queria saber quando íamos ao castelo de novo.
Fomos.
Subimos até o Castelo de São Jorge e ficamos ali, no alto, vendo a cidade espalhada aos nossos pés. Enzo corria entre as muralhas e Eduardo me abraçava por trás.
— Você