SOFIA
A casa estava silenciosa, envolta em uma penumbra suave. Enzo dormia, e tudo ali parecia respirar junto com o compasso do meu peito. Era como se o tempo tivesse desacelerado, dando espaço apenas para nós dois.
Eduardo se aproximou devagar, encostando a porta do nosso quarto com cuidado. Seus olhos me procuraram no escuro, e quando encontraram os meus, havia neles uma mistura de desejo e ternura que fez meu corpo inteiro arrepiar.
— Vem cá — ele disse, com a voz rouca, estendendo a mão para mim.
Fui sem pensar. Meu corpo respondeu antes da razão. Nossos dedos se entrelaçaram, e ele me puxou com calma, colando nossos corpos como se quisesse me sentir por inteiro.
— Você vai me deixar com saudade antes mesmo de ir — sussurrou, os lábios roçando meu pescoço.
Senti o calor subir. A palma da sua mão deslizou pela minha cintura, firme, mas gentil. Minha pele formigou sob o toque dele, e eu sabia: aquela noite não seria apenas mais uma. Seria nossa.
Beijei-o com fome. Com pressa. Mas el