EDUARDO
O fim da tarde se estende sobre nós como um abraço cálido. O céu, tingido em tons de rosa e dourado, é o cenário perfeito para o que está prestes a acontecer. O jardim da nossa casa foi transformado em um pequeno paraíso. Luzes brancas pendem de galhos como vagalumes imóveis, e o aroma suave de lavanda e jasmim paira no ar, misturando-se ao som delicado de um quarteto de cordas que toca ao fundo.
Mesas de madeira rústica, enfeitadas com arranjos de flores silvestres e velas em potes de vidro, cercam a pequena clareira onde o altar foi montado — um arco simples coberto de folhagens verdes e flores brancas, construído exatamente onde vi Sofia dançar com Enzo pela primeira vez.
Não é um casamento luxuoso. É íntimo. Verdadeiro. Cheio de significado.
O tipo de cerimônia que só quem passou pelo caos entende o valor da paz que ela representa.
Enzo corre entre os convidados, vestido com um terninho em miniatura, suspensórios e uma gravata-borboleta azul-marinho. Seus cachinhos balança