EDUARDO
O teste é feito. Dias depois, o resultado chega: compatibilidade genética confirmada.
É mesmo Isabella.
Sinto como se o chão tivesse se aberto sob meus pés, me tragando para um abismo escuro e sem fim. Tudo o que eu pensei saber, tudo o que lutei para reconstruir, vira pó diante da confirmação fria, cruel, impressa naquele papel que minhas mãos tremem ao segurar.
Isabella está viva. E agora, legalmente, biologicamente, ela é a mãe de Enzo.
O ar some dos meus pulmões. Um aperto sufocante envolve meu peito, como se mãos invisíveis tentassem esmagar o pouco de esperança que ainda me restava. Meu filho... o meu pequeno... o menino que embalei em noites sem fim, que chamei de "meu" com cada célula do meu corpo... poderia ser arrancado de mim como se eu fosse nada.
Sinto a visão embaçar pelas lágrimas que ameaçam escapar. Mas me obrigo a resistir. Não agora. Não na frente de Sofia.
Ouço seus passos suaves se aproximando. Sofia segura minhas mãos, apertando-as com firmeza, com