EDUARDO
O tribunal estava gelado, o ar pesado como se cada respiração custasse mais do que deveria. As paredes revestidas de madeira escura pareciam apertar o ambiente, tornando tudo mais claustrofóbico.
Quando Isabella entrou, era como se o mundo ao redor tivesse parado para olhar. Ela caminhava com passos ensaiados, usando um vestido sóbrio, maquiagem leve, um sorriso calculado nos lábios — como uma atriz se preparando para seu papel mais convincente. Ao lado dela, o advogado, um homem de olhar frio e terno caro, trazia nas mãos uma pasta repleta de mentiras.
O juiz anunciou o início da audiência, e o advogado de Isabella se levantou, ajustando a gravata antes de começar seu discurso teatral.
— Minha cliente foi vítima de manipulação psicológica — disse ele, a voz modulada com perfeição. — Forçada a viver sob uma pressão insana que a levou a um colapso emocional. Fugir foi sua única chance de sobreviver. Lutar agora, por seu filho, é um ato de amor... e coragem.
Cada palavra er