Dentro do carro, Amália seguia em silêncio. O motorista estranhou, ela, que sempre dizia alguma coisa, naquela manhã apenas o cumprimentara, sem o entusiasmo de todos os dias.
Calada, ora olhava pela janela, ora fixava o olhar à frente, como se buscasse alguma saída para o turbilhão dentro de si. Segurava as próprias mãos, tentando conter o mal-estar que crescia em seu estômago. A náusea vinha em ondas, e o carro parecia mais abafado a cada quilômetro.
Suas mãos estavam úmidas, e o coração pulsava num ritmo estranho. Tudo nela pedia para que o trajeto terminasse logo. A única coisa que desejava naquele momento era descer do carro e respirar.
Amália desceu rapidamente do carro e entrou direto pela sala. Nice ainda estava na casa e a viu subir as escadas sem dizer uma palavra. Estranhou o comportamento, mas por discrição, decidiu não ir atrás, preferiu esperar que ela descesse.
Amália subiu com passos apressados e, mesmo naquela agonia, seu olhar buscou o topo da escada. lembrou-se do q