Ela perguntou com o queixo erguido.
— O que você quer, então? A pergunta dela soou como um desafio.
Ele olhou o relógio.
— Agora preciso ir. Tenho uma reunião importante. Quando voltar, à noite, conversamos. Tome um banho. Troque de roupa.
Virou-se, caminhando para a saída.
— Eu… eu não vou…
Sem desacelerar o passo, respondeu por cima do ombro, carregando ironia na voz:
— Se continuar repetindo isso, vou começar a achar que você quer.
E foi embora.
Do alto da janela, Nice observava tudo.
Amália ficou por um momento encarando o caminho por onde ele partira, antes de voltar ao trabalho.
Mais tarde, ao entrar na cozinha, encontrou Nice preparando o almoço.
— Posso ajudar? Já terminei o jardim.
— Descanse um pouco. Estou quase terminando nosso almoço. O senhor não virá almoçar.
— Onde ele foi?
Nice mexia na panela, sem encará-la.
— Não sei ao certo. Ele tem muitas reuniões. Não se preocupe.
— Oh, não estou preocupada. Só perguntei por perguntar. Amália disse, tentando pa