Glauco, com elegância, abriu a porta do quarto. Colocou a mão sobre o ombro de Amália para que ela entrasse. Aquele gesto, para ela, era mais do que cortesia, era carinho, era segurança. Como se ele a protegesse o tempo todo. E para alguém como ela, criada de qualquer jeito, sem poder confiar nem na própria família, aquele gesto era precioso.
— Você está cansada. É bom descansar. Voltaremos para Sorrento amanhã. Disse ele, retirando o smoking dos ombros dela ao se aproximar, já com a porta fechada.
— Glauco... Amália tentou tocar novamente no assunto que a inquietava. Mas decidiu deixar pra lá. Afinal, eles não eram exatamente um casal. Ele não lhe devia satisfações.
— Olha... não se preocupe. Não precisa se envolver nisso. Apenas descanse, eu cuidarei de tudo. Disse Glauco, puxando-a suavemente para mais perto e beijando-lhe a testa.
Amália levantou levemente o rosto. Seus olhos encontraram os dele, verdes como esmeraldas. Era tão atraente. Ela encostou o corpo no dele, segurando sua