Glauco ouviu o som da água do chuveiro começar a cair. Suspirou, arrependido, não por uma única ação, mas por não ter dado mais atenção a ela nos detalhes. Aquele pequeno gesto, o de repetir hábitos do passado, a machucara. Algo entre eles havia se rompido, justo quando estavam tão bem.
Ele olhou pela janela e imediatamente se lembrou da noite anterior, quando ela estava totalmente entregue a ele.
Amália, sob o chuveiro, deixou que suas lágrimas escorressem misturadas à água. Sentia uma mistura de impotência, abandono e humilhação. Tudo isso apertava o peito com força.
Algum tempo depois, Glauco pegou o telefone e saiu, trancando a porta do quarto. Amália ouviu o som seco da porta sendo fechada com mais força do que o necessário, ele fizera de propósito, queria que ela soubesse que estava saindo.
Ele havia planejado levá-la para conhecer alguns lugares, e também a uma joalheria, para comprar uma peça que combinasse com seu vestido. Mas, diante da tristeza dela, voltaram ao hotel. Agor