Glauco estacionou o carro de forma abrupta. Desceu com passos rápidos, o corpo tenso, mas sem perder a elegância.
Terno cinza escuro, camisa branca impecável, relógio caro, óculos escuros. Sua presença atraía olhares.
— Chame os seguranças do mercado, peça as imagens das câmeras. Reforce a busca. Ordenou a Danilo, os olhos varrendo os corredores em meio à multidão que ainda circulava.
Parou diante de um dos standers.
— Procuro uma jovem. Vinte anos, loira, olhos azuis, cabelos longos. Estava de jeans e casaco vermelho. Ela esteve aqui esta manhã. Viu algo?
— Não, senhor.
Glauco seguiu adiante, de stand em stand. Ninguém parecia ter visto Amália.
A mente girava em espiral. O coração apertado, a respiração pesada. Não queria acreditar que ela havia fugido. Não depois de tudo.
As memórias de Sofia e da traição que marcou sua alma voltaram como navalhas.
Danilo retornou com mais quatro homens.
— E as câmeras? Perguntou Glauco, tentando manter o controle.
— Nenhuma em funcionam