41-"Abram todos."
Glauco estacionou o carro de forma abrupta. Desceu com passos rápidos, o corpo tenso, mas sem perder a elegância.

Terno cinza escuro, camisa branca impecável, relógio caro, óculos escuros. Sua presença atraía olhares.

— Chame os seguranças do mercado, peça as imagens das câmeras. Reforce a busca. Ordenou a Danilo, os olhos varrendo os corredores em meio à multidão que ainda circulava.

Parou diante de um dos standers.

— Procuro uma jovem. Vinte anos, loira, olhos azuis, cabelos longos. Estava de jeans e casaco vermelho. Ela esteve aqui esta manhã. Viu algo?

— Não, senhor.

Glauco seguiu adiante, de stand em stand. Ninguém parecia ter visto Amália.

A mente girava em espiral. O coração apertado, a respiração pesada. Não queria acreditar que ela havia fugido. Não depois de tudo.

As memórias de Sofia e da traição que marcou sua alma voltaram como navalhas.

Danilo retornou com mais quatro homens.

— E as câmeras? Perguntou Glauco, tentando manter o controle.

— Nenhuma em funcionam
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