Natália se despediu da fisioterapeuta, que cumprimentou Laerte com um sorriso discreto antes de sair pela porta.
— Você não parece bem… Observou Natália. Ele, sempre tão animado e divertido, estava diferente, como se uma sombra o acompanhasse.
— Nada demais… O que acha de jantarmos fora? Ele a abraçou, erguendo-a do chão, numa tentativa de esconder a inquietação que o corroía por dentro.
— Como da outra vez? Ela perguntou, rindo ao lembrar da cozinha inundada e dos dois encharcados. Apesar do caos, havia sido um dos momentos mais felizes para ela.
— Acho que podemos deixar os splints de lado e ir a um restaurante de verdade. O que acha?
— Para mim, tudo bem. Com você, vou a qualquer lugar… Disse Natália, enroscando-se em seu pescoço antes de beijá-lo suavemente.
Laerte sorriu contra sua boca, o coração apertado por aquela entrega tão simples e tão rara.
— Então vou tomar um banho. Murmurou, ajeitando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. Só então reparou que ela não usava brincos.