222- "Um nó."

Depois de algum tempo, ainda abraçada a ele, Amália levantou os olhos, buscando os dele.

— Não tem outro jeito, não é? Perguntou, a voz embargada, mas tentando firmeza.

Glauco a observou, seu coração apertado ao ver o rosto dela vermelho, os cílios molhados pelas lágrimas, e a boca levemente tremendo.

— Sinto muito… Disse ele, a voz baixa, carregada de arrependimento. — Não posso deixá-los sozinhos. Nada vai acontecer, tomamos todas as precauções… Paolo e Laerte estarão lá. Não há com que se preocupar, está bem?

Ela respirou fundo, sentindo que não havia outra forma. Paolo e Laerte estariam presentes, e impedir Glauco seria egoísmo, mesmo que seu coração desejasse exatamente isso. A razão, ainda que dolorosa, lhe dizia que não podia detê-lo.

Com um suspiro silencioso, mais calma, ela se levantou, deixando-o ainda na cama. Glauco permaneceu imóvel, observando cada movimento dela, cada curva, cada gesto.

O corpo nu de Amália caminhando em direção ao banheiro provocava uma mistura de de
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