Depois de algum tempo, ainda abraçada a ele, Amália levantou os olhos, buscando os dele.
— Não tem outro jeito, não é? Perguntou, a voz embargada, mas tentando firmeza.
Glauco a observou, seu coração apertado ao ver o rosto dela vermelho, os cílios molhados pelas lágrimas, e a boca levemente tremendo.
— Sinto muito… Disse ele, a voz baixa, carregada de arrependimento. — Não posso deixá-los sozinhos. Nada vai acontecer, tomamos todas as precauções… Paolo e Laerte estarão lá. Não há com que se preocupar, está bem?
Ela respirou fundo, sentindo que não havia outra forma. Paolo e Laerte estariam presentes, e impedir Glauco seria egoísmo, mesmo que seu coração desejasse exatamente isso. A razão, ainda que dolorosa, lhe dizia que não podia detê-lo.
Com um suspiro silencioso, mais calma, ela se levantou, deixando-o ainda na cama. Glauco permaneceu imóvel, observando cada movimento dela, cada curva, cada gesto.
O corpo nu de Amália caminhando em direção ao banheiro provocava uma mistura de de