Henrico, ao ter a algema retirada, passou a outra mão pelo pulso, massageando-o, mas sem desviar os olhos dos de Glauco, que o fitava com frieza.
— Então, me diga… o que você busca? Perguntou Glauco, direto.
— Você sabe muito bem o que eu busco. Desde quando descobriu que sou agente? Henrico rebateu, arqueando a sobrancelha.
— Não faz muito tempo. Mas nunca confiei em você… Glauco inclinou-se para frente, a voz firme. — Foi você quem ajudou Amália, não foi?
Henrico soltou um riso sarcástico.
— E se foi?
— Tenho que admitir… você é bom. Glauco estreitou os olhos. — Também sei do seu interesse pela minha mulher. Você sabe que ela é minha esposa, não sabe?
Henrico riu, sem humor.
— Até onde sei, você é um viúvo de mulher viva. Logo, pratica poligamia. Crime, aliás.
Glauco soltou uma gargalhada seca.
— Em minha defesa, não sabia que minha ex-mulher estava viva. Mas não se preocupe… ela não será problema entre mim e Amália.
Henrico cerrou os punhos. Glauco, no entanto, continuou, a voz b