Laerte estalou o chicote no ar, o barulho ecoando pelo galpão, fazendo Sofia se encolher.
— Eu não tenho tempo pra joguinhos. — Sua voz agora era um rugido contido. — Ou vocês falam, ou eu vou fazer vocês se arrependerem de cada segundo que respiraram até aqui.
Ele se aproximou novamente do ouvido de Sofia, sussurrando:
— Ele vai deixar você queimar sozinha… sempre foi assim, não foi?
Depois, virou-se para Danilo:
— E ela… vai abrir a boca antes de você, só para salvar a própria pele.
O jogo psicológico estava armado, um contra o outro.
— Eu já sei que ela está na Espanha. Quero saber onde, quem está com ela. Me digam onde está a Natália.
O silêncio pesado dominou a sala. Então, Laerte ergueu o braço e desceu o chicote sobre Danilo. Mesmo tentando não demonstrar medo, ele não conteve o grito; a pele se abriu como se um punhal tivesse passado por ela.
— E então, quem vai falar primeiro?
Sofia tremia, Danilo maldizia silenciosamente. Laerte ergueu o chicote novamente e bateu em Sofia, q