167-"Castelldefels."

Glauco caminhou pelo corredor, os olhos fixos no vazio daquele pequeno quarto. Cada detalhe vivido ali voltava à sua mente como um punhal. Bebia como se o álcool pudesse anestesiar as dores e afogar as lembranças.

Via Amália na tina, lembrava-se dela preparando sua comida, dele provocando-a e sendo expulso com a língua afiada dela. Sorriu, mas logo o riso morreu em tristeza, e as lágrimas brotaram em seus olhos.

Quando Sofia o abandonou, ele sofreu, achou que ia enlouquecer. Mas não. Agora, no entanto, cada dia parecia mais próximo da loucura. Precisava fazer um esforço enorme para sair de casa. Há dias não ia à empresa, abandonada nas mãos dos funcionários. Todas as reuniões haviam sido desmarcadas. Glauco mal respirava.

Tomou toda a garrafa, levantou-se e voltou à adega. Pegou outra, subiu as escadas. Tirou a roupa e entrou no banho, tentando lavar aquela coisa ruim de Danilo e Sofia, que parecia impregnada em sua pele. Saiu apenas de toalha e continuou bebendo. Lá fora, a chuva caí
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