A mansão estava do mesmo jeito que eu lembrava — imponente, sombria, cercada por muros altos e vigilância cerrada. A fachada elegante contrastava com a tensão que dominava meu peito. Parecia até que o ar ali pesava mais. Como se a própria casa soubesse que eu estava de volta.
Caminhei até o portão de ferro, engolindo o orgulho junto com o medo. As luzes da entrada se acenderam antes mesmo de eu apertar o interfone. Dois homens armados se aproximaram do outro lado da grade. Um deles, de terno escuro e expressão de pedra, deu um passo à frente.
— A casa está fechada para visitas. — disse ele, ríspido. — A senhorita precisa se retirar.
— Eu preciso falar com ele. — minha voz saiu firme, apesar das mãos