Ponto de Vista de Callum, o Demônio
A escuridão sempre foi o meu reino.
Desde que abandonei tudo o que fui, desde que o nome Callum deixou de significar criação, vida e luz, e passou a ser sussurrado como um presságio de destruição, o silêncio tornou-se meu único companheiro.
Ou, ao menos, deveria ter sido.
Mas naquela noite — naquela maldita noite — o silêncio foi quebrado.
Eu estava dentro de um dos antros que Sebastian costumava frequentar antes de se tornar meu receptáculo. Ele achava que estava no controle… coitado. Aos poucos, ele deixava de existir, desaparecendo como um sussurro apagado pelo vento. Logo, seria apenas eu.
Apenas o demônio.
Mas mesmo enquanto Sebastian se desfazia, certos hábitos humanos dele ainda me prendiam. Boates, corpos, gritos abafados, cheiro de medo e luxúria misturados como sangue quente no chão.
Era ridículo. Mas também… útil.
Foi ali que eu a vi.
Entre dezenas de mulheres sendo negociadas como objetos descartáveis, uma chamou minha atenção.
Loira