Mundo de ficçãoIniciar sessãoEstou presa, presa em um vínculo de companheirismo que odeio. Será que algum dia vou escapar do seu domínio? — Eu, Than Sable, Alfa da Matilha Deserto de Âmbar, rejeito você Kaia Glace como minha Luna. — Lembro das suas palavras cruéis e cortantes como se fossem ontem. Nosso vínculo de companheirismo não existe. Na verdade, ele existe, mas Than não se permite chegar perto de mim, nem ficar sozinho em um quarto comigo. É como se ele sentisse nojo de mim. Ele me reduziu a nada. Uma sombra de companheira e eu o odeio por isso. Não posso continuar vivendo assim, esperando… Sou Kaia Glace, a legítima Luna da Matilha Deserto de Âmbar. No entanto, meu companheiro, Alfa Than, se recusa a me deixar governar ao seu lado. Me sinto enganada pelo vínculo de companheirismo e desprezada pelo meu próprio companheiro. Passei anos tentando fazer com que ele me amasse, que olhasse para mim. Mas como posso? Quando ele tem outra… Não posso ficar aqui, não é mais seguro para mim nem para meu filho que ainda não nasceu. Uma criança feita à força. Tenho que ir embora, fugir e encontrar meu pai. Ele é a única salvação que tenho. Mas ele foi visto pela última vez em uma matilha inimiga, a Matilha Fantasma das Trevas. Uma matilha famosa com um Alfa frio e intrigante, que não acolhe estranhos. Dizem que aqueles que entram na matilha nunca mais são vistos. Mas não tenho escolha. Tenho que ir para a matilha inimiga para me livrar do meu vínculo de companheirismo. Tenho que encontrar outro. Outro que me condene ao mesmo truque do vínculo de companheirismo.
Ler mais~ Jaxon ~Sinto-me encolher, como se o vazio estivesse sugando tudo de mim. Ela estava tirando a energia dele; estava roubando a aura do meu lobo.Ele geme na minha cabeça, cheio de ódio por todos — até por mim. Fui eu quem a rejeitou, o lado humano...não o lado lobo. Ele queria ouvi-la, queria escutar suas desculpas patéticas...suas mentiras. Ele me culpa por tê-la rejeitado, por ter negado a ele sua fêmea.Mas ele era um tolo, teria sido morto pelas mãos dela, pela traição dela.Ainda luto contra os lobos machos, mesmo enquanto minha energia diminui, mesmo enquanto meu lobo começa a se esconder novamente nas frestas da minha mente. Ainda estou com raiva. Mamãe pode estar levando minha energia, mas não está levando embora minha fúria.— Se controle, Jaxon, ou juro que... — Ela ruge pela ligação mental, sua loba branca avançando em minha direção. O lobo de papai salta na frente dela, mas ela rosna, desviando de lado. Não importa a hora do dia; sua pelagem branca ainda brilha. Seja sob
~ Jaxon ~Eu me sentia afundar, como um buraco negro que continuava se expandindo ao meu redor. Tudo ficou escuro quando meu lobo assumiu o controle e começou a se transformar na cozinha.Meu lobo rosnou com o estalar de ossos enquanto tanto Jace quanto Kit se transformavam, derrubando-o no chão. Rosnados ecoaram ao meu redor quando Mamãe e Papai também forçaram a transformação, deixando Josie escoltar Cleo para fora do cômodo.Meus pais tentaram pressionar a conexão mental, tentaram se comunicar comigo em forma de lobo, mas eu havia perdido todo o controle sobre ele. A besta estava solta e nada iria detê-la até que decidisse que já era suficiente.Dentes afundaram no meu flanco quando Jace me arrastou pela porta dos fundos da cozinha até o jardim... O lobo de Kit mordia minhas patas traseiras para ajudar Jace. Minha visão ficou turva, enevoada de raiva pelo fato de eles ousarem tentar me acalmar, ousarem tentar me parar.Eu larguei, deixei de lutar e permiti que a névoa de fúria tomas
Longe da matilha, a dor permanecia ainda mais intensa. Eu não estava perdendo apenas um vínculo de companheirismo... mas também uma matilha.Caminhei por boas duas horas, seguindo na direção em que podia sentir a presença delas. Encontrei sinais de um pequeno acampamento no alto de uma colina, uma fogueira matinal ainda acesa no centro... o cheiro delas permanecia forte no ar. Restos de animais selvagens estavam empilhados de forma organizada perto da fogueira; elas já haviam caçado e tomado o café da manhã naquela manhã.— Sou eu. — Chamei, deixando minha aura se expandir e alcançá-las. Eu não sabia exatamente como aquilo funcionava; eu não era uma alfa, mas elas pareciam me ver como uma. Isso significava que minha aura havia se fortalecido com o tempo... suponho que me viam como sua líder, sua alfa.— Runa?— Gwen... — Estendi as mãos quando ela foi a primeira a sair de seu esconderijo e caminhar até mim, o rosto suavizando ao me ver. Os últimos três meses tinham sido duros para ela,
~ Runa ~—...rejeitar você, Runa, tirando-lhe o título de Luna desta matilha. — Aquelas palavras queimaram; eu não achava que tanta dor fosse possível no peito. Parecia que meu coração encolhia, secava... o sangue já não conseguia alcançá-lo.Agarrei o peito, os joelhos desabando sob mim enquanto braços se estendiam para me amparar, mas eu os afastei.— Deixe-me ajudar você. — Josie sussurrou ao meu ouvido, deslizando as mãos para afastar os cabelos do meu rosto e por trás das orelhas.— O que você fez? — Jace ofegou, puxando Cleo para trás, que também tentava me socorrer. Todos ficaram atônitos com a rejeição de Jaxon; até a própria mãe dele ficou sem palavras.Como podia doer tanto se ainda não tínhamos nos marcado? Como ardia daquele jeito.— Posso tirar essa dor... — Josie continuou a sussurrar no meu ouvido.— Não! — Resmunguei; eu precisava sentir aquilo, a dor serviria de lembrete para nunca mais confiar em ninguém. Nunca mais me enfraquecer por emoções, por amor.Levantei-me so
—...até serem capturadas por desgarradas? — alguém perguntou, a voz carregada de incredulidade.— Jaxon... — Tentei chamar sua atenção; eu só precisava me explicar.— Você sabia que essa adaga estava debaixo da sua cama, Jaxon? Acho que não. Está coberta de acônito. — Kaia atirou o saco plástico com a adaga dentro para Jaxon, que a agarrou com facilidade.— Você mentiu para mim? Usou o vínculo de companheirismo para se aproximar de mim... — Meu coração se partiu; as lágrimas brotaram nos meus olhos ao ouvir a dor na voz dele.— Sim, no começo... — Eu gaguejei, entrando em pânico, tentando me aproximar, mas ele continuava a empurrar minhas mãos desesperadas para longe. Ele precisava entender que não era tão simples, que eu queria — e iria — contar tudo; que eu jamais poderia fazer aquilo com ele, comigo mesma. Eu não conseguia romper o vínculo de companheirismo; não viveria sem ele.Não só eu não podia fazer aquilo com ele, eu não podia trair a minha loba dessa forma. Não dava para vive
...sobre a mesa, o conteúdo sendo a minha adaga de confiança. Com ela dentro do saco plástico, Kaia conseguia segurá-la pela lâmina, já que o acônito não queimava seus dedos por causa da camada protetora.— O que é isso? — Kit deu um passo à frente, os olhos arregalados enquanto inspecionava minha adaga nas mãos de Kaia.— Está coberta de acônito. Estava debaixo do colchão do Jaxon.— O quê? Por que ele teria isso...— Ele não tem, tem, Runa?— Runa? Do que a mamãe está falando? — Josie se virou para mim, e eu pude ver a confusão em seus olhos.— A Runa foi enviada para matar o meu filho. — Declarou Kaia com frieza.— Kaia... não é... — Comecei a protestar, mas ela me cortou.— Não negue. — Ela rugiu, os olhos se arregalando de raiva enquanto a cor mudava de um verde semelhante ao de Jaxon para um azul-claro e assustador. Em seguida, puxou algo de trás de si: o meu celular. Soltei um suspiro de choque ao vê-lo, antes que a raiva começasse a subir dentro de mim. Ela estava me espionando
Último capítulo