Ponto de Vista de Mara
Quando finalmente cruzamos os portões da alcateia, um suspiro escapou dos meus lábios antes que eu percebesse.
Era exaustão… mas também alívio.
E, de alguma forma, um tipo estranho de paz.
Eu e Apolo caminhávamos lado a lado, enquanto Arthur mantinha o braço por cima das minhas costas, guiando-me com cuidado, como se o menor vento pudesse me derrubar. E, de certa forma, poderia. A energia da Deusa ainda latejava dentro de mim, oscilando entre forte demais e frágil demais, como uma chama tentando se ajustar ao próprio brilho.
— Estamos em casa — Arthur murmurou, a voz grave vibrando contra meu ombro.
Casa.
A palavra soava diferente agora.
Forte. Quente. Perigosa, talvez.
Mas real.
Passamos pelos corredores, e vários lobos da alcateia nos observaram com respeito — e um pouco de temor. Desde que voltei, desde que minha essência divina começou a despertar, eu percebia coisas que antes não notava: o jeito como as pessoas me olhavam, como suas auras mudavam, como