Mundo de ficçãoIniciar sessãoSkyla tinha um plano de vida perfeito para sobreviver. Honrar a lua com seu companheiro o herdeiro do Alfa, garantindo a paz e um futuro seguro. Ela acreditava que ele era seu companheiro, sua única chance de ter um futuro. Mas a Deusa da Lua tinha outros planos. Em uma noite confusa, Skyla acorda ao lado de um estranho e com uma terrível e inesperada marca em sua pele. Porém na sociedade de lobisomens, apenas o verdadeiro companheiro pode marcar caso o contrário, a marca irá matá-la. Sem a ajuda de sua loba interior para sentir a verdade, Skyla está sozinha, forçada a duvidar de tudo que pensava saber sobre destino e amor. Agora, descobrir quem a marcou não é mais sobre seu futuro, é uma corrida contra a morte.
Ler maisExausta e dolorida, Skyla começou a despertar com uma dor de cabeça lancinante.
Não era apenas uma ressaca comum; era como se sua têmpora estivesse sendo punida. Cada pulsação de dor ecoava a batida frenética de seu coração. Com os cabelos castanhos espalhados e o corpo envolto em seda fria, ela moveu-se devagar, sentindo um gosto amargo na boca e o peso esmagador do arrependimento.
Ela levou a mão à cabeça, arfando levemente, tentando se lembrar da noite anterior.
O primeiro pensamento racional que conseguiu formar foi: Onde estou? O quarto era luxuoso, mas totalmente estranho.
É quando se lembrou que foi a uma festa no território neutro com suas melhores amigas Drika e Leona. Havia muitos lobisomens de várias alcateias misturados com humanos e outros seres místicos.
Todas beberam bastante e, quando se sentiu meio tonta e muito quente, ela saiu para respirar ar puro, perdendo-se das duas.
A lembrança seguinte a atingiu com um calor que não era da ressaca. Era um fogo que parecia surgir do fundo de seu útero, espalhando-se por suas coxas.
“— Tão quente... Acho que bebi demais, parece até que estou no Cio.”
Mas Skyla não entendia por que se sentia tão quente. Era como se estivesse no Cio, mas sem uma loba, era impossível.
Sim, ela não tinha uma loba. Essa era a sua dor mais profunda.
Todos receberam seus lobos antes dos dezoito anos, menos ela, que agora já tem 25 anos e é a única da Matilha da Lua Azul sem lobo. Ela era a falha genética, a aberração. Essa ausência sempre a fazia sentir-se isolada, uma casca vazia, justificando o quanto ela se agarrava à promessa de Cillion Night, o filho do Alfa, para ter alguma dignidade na alcateia.
“O que é ser a única sem a proteção de sua loba? É ser o alvo de todas as fofocas, é sentir-se incompleta,” ela pensou, a lembrança da humilhação cortando a dor de cabeça.
Ela se arrastou da cama, procurando uma janela, mas encontrou uma porta de vidro para uma varanda. Abriu-a e saiu, respirando fundo o ar da manhã, na esperança de que a brisa fria dissipasse o calor incômodo que a consumia.
O que foi seu maior erro.
Um aroma a arrebatou, cortando o ar como uma flecha quente e densa. Não era apenas agradável; era visceralmente magnético. Era o cheiro de pinho fresco e terra molhada, misturado com uma nota de poder que despertava algo desesperado e primal dentro dela, algo que ela nem sabia que existia sem sua loba.
Seu coração martelava no peito.
Ela não pensava, apenas reagia.
“— Que cheiro bom.”
Ela caminhava de volta, seguindo o rastro invisível do aroma delicioso para dentro da casa, cega para os lobisomens e humanos que ainda dançavam ou flertavam, espalhados pela piscina e pela sala. Seu corpo estava em chamas, e ela estava se sentindo cada vez mais molhada entre as pernas.
Ela caminha por entre as pessoas, não vendo ninguém à sua frente, seguindo o aroma até a escada. Ao subir, ela tropeça, vendo alguém no alto.
Ela sente o cheiro de pinho e grama virem dele e o segue escada acima, esquecendo totalmente que seu companheiro é Cillion Night, o filho do seu Alfa e seu próximo Alfa.
Apesar de ela não sentir nada por não ter uma loba, ela acredita no que Cillion lhe contou, sobre ele ser o seu companheiro. Era a sua tábua de salvação, a única maneira de fugir do inferno que era sua casa.
Ela sobe as escadas se sentindo cada vez mais molhada entre as pernas, o que a faz cruzar as pernas e se agarrar ao corrimão para não cair.
Nunca se sentiu tão excitada em sua vida, como estava agora por um estranho, apenas por sentir o seu cheiro.
Pé ante pé, seu corpo tremia ansioso, cada passo mais excitado e necessitado que o anterior. Ela podia sentir o cheiro dele, mas não podia mais vê-lo, quando ouve uma voz atrás dela, a fazendo sentir como se um raio a atravessasse.
— Por que está me seguindo?
Com a voz grave tão próxima, ele a fez estremecer e sentir as pernas cederem ao seu peso. Ele a pega pelos braços, prendendo-a contra a parede.
Agora de frente para ele, seu coração quase parou ao se deparar com os profundos olhos ambares. Eles brilhavam com uma intensidade predatória que a fez prender a respiração.
Ele a observa de cima a baixo, sentindo o cheiro de sua excitação no ar.
Desesperada, ela agarra o blazer azul marinho dele sobre o blusão preto, pedindo angustiada.
— Me... Ajuda...
Ele aperta o maxilar e olha ao redor, ciente que a música alta iria atrapalhar de chamar alguém.
E mesmo que ele pudesse chamar por sua ligação, o que ele não queria, já que seu desejo era ficar despercebido,. Ele suspira mexido pelo aroma dela.
- Você é de maior?
O corpo dela estremece novamente, a forçando a apertar ainda mais as coxas molhadas.
- Si...Sim... Te... Tenho 25.
Ela balbucia incoerente, puxando-o para si, cheirando-o e lambendo seu pescoço.
Com um suspiro ele a pega no colo, e como um piscar de olhos ela se vê caindo numa cama macia.
Seus lábios se chocam desesperados um pelo outro. Bruto ele rasga sua roupa e sua lingerie, mas Skyla não se importa, ela o queria e queria agora.
Ele arranca o blazer e a blusa jogando por aí, antes de arrancar as próprias calças, a rasgando também. Ela arfa o vendo nu, antes dele cobrir seu corpo com o corpo dele, tão quente quanto o seu.
Seu coração martelava desenfreado, enquanto ele abocanhava seus seios a fazendo gemer.
Ele a explora com as mãos, percebendo o quanto ela estava pronta para ele, o fazendo sorrir malicioso.
- Isso é por minha causa?
Incapaz de responder racionalmente, ela impõe.
- Só cala a boca e me fode!
Ele sorri malicioso.
- Como desejar.
Ele sorriu, mas o som que saiu de sua garganta era mais um rosnado grave que a fez tremer de excitação e medo. Os dentes dele brilharam por um instante no escuro.
Ele a penetrou de uma só vez, com uma brutalidade que deveria ter doído, mas que, na verdade, foi o encaixe perfeito que seu corpo vazio sempre ansiou. Um grito abafado escapou de Skyla, um misto de dor súbita e prazer avassalador.
O coração dele batia forte contra o dela, e o calor que irradiava de seu corpo era tão intenso que parecia fundi-la. Skyla perdeu a noção de onde ele terminava e ela começava. Não havia loba para sentir o laço, mas havia um instinto primitivo que gritava. “Este é seu!”
Os movimentos dele eram selvagens, descompassados, mas incrivelmente precisos. Ela agarrou seus ombros, unhas cravando na pele tensa. Ela o queria mais rápido, mais forte, desesperada para preencher o vazio que a loba ausente deixara por anos.
— É meu... – ela murmurou contra o pescoço dele, sem saber se falava de seu corpo ou daquele momento caótico.
Ele respondeu com um grunhido profundo, enterrando o rosto na curva do ombro dela. Ele a pressionou contra o colchão, forçando-a a receber cada parte dele. O mundo se resumia ao suor, à escuridão e ao cheiro inebriante que agora estava impregnado em sua pele.
Em meio ao clímax violento, Skyla sentiu uma pressão repentina e agonizante em seu pescoço. Não era um beijo ou uma mordida suave de possessão; era uma dor aguda, seguida por uma onda de eletricidade escaldante que se espalhou como fogo líquido por seu corpo.
Ele a estava marcando.
Seus olhos azuis se arregalaram em choque, e um soluço cortou sua garganta. A mordida foi profunda, possessiva, final. O corpo de Skyla se curvou, atingida por uma onda de prazer tão forte que quase a fez desmaiar. Era a prova física e visceral de um laço que a Deusa da Lua havia traçado para ela.
Ele finalizou com um grito gutural, seu corpo caindo pesado sobre o dela. A marca pulsava com um calor intenso, a dor lentamente se transformando em uma queimação deliciosa e poderosa.
Lembrando de tudo, Skyla abriu os olhos, piscando contra a pouca luz que entrava. O cheiro de pinho e a bagunça ao redor confirmavam a loucura. Ela olhou para o lado, encontrando-o adormecido. Ele era ainda mais impressionante em repouso, o corpo musculoso relaxado, coberto apenas até a cintura por um lençol amassado.
“- O que foi que eu fiz?”
O pânico subiu pela sua garganta como bile. Ela traiu Cillion, seu futuro, sua única chance do inferno que era sua vida, acabava de ir para o espaço.
Ela tentou se mover lentamente, mas a dor a atingiu. Não era a dor da brutalidade; era a dor da queimação controlada em seu pescoço.
Com as mãos trêmulas, Skyla levou os dedos ao ponto dolorido. A pele estava quente, pulsante e ligeiramente inchada. O toque fez seu estômago revirar. Não havia dúvida: ele a tinha marcado.
A marca. A prova definitiva.
A paz que os envolvia era mais do que a ausência de guerra; era a harmonia das almas. Cedric sentia, através do elo, a tranquilidade profunda de Skyla, um sentimento que ele não sabia que poderia existir, até conhece-la.Naquele sono, as cicatrizes da Batalha as da Fronteira e as internas, tanto as físicas em seu flanco quanto as emocionais em seu coração, começavam finalmente a se fechar. Eles eram os arquitetos de uma nova era, e o sono era a recompensa por terem escolhido o amor em vez da destruição.calor vital que emanava de seus corpos era a fornalha viva da Grande Aliança, um presente forjado pelo amor que transcendia a política. Cada batida uníssona de seus corações era um decreto silencioso, uma profecia que selava o destino indissolúvel do Norte e do Sul. A união de seus povos não se resumiria a um tratado assinado em pergaminho; ela seria selada por um laço de sangue e esperança, garantido pela luz acesa na alma de Luna e Siros, pela força diplomática e liderança de Curtis,
Cedric se moveu com a velocidade silenciosa de um predador, mas com a ternura de um amante. Ele estava recuperado, forte, seu corpo emitindo o calor e o poder calmante do seu cheiro Alfa. Ele encostou o queixo no ombro dela, a abraçando pela cintura com ambos os braços.A voz de Cedric era um sussurro rouco e profundo, feito apenas para ela.-Nossa Rainha está se escondendo da festa?Ela sorriu sentindo o corpo se arrepiar.-Preciso de você. Agora.Skyla se recostou em seu companheiro, o calor do seu Alfa apagando o frio da luz lunar enquanto espalhava correntes elétricas por cada canto de seu corpo.- Estou apenas agradecendo a Deusa, meu amor. E apreciando o que ela nos presenteou depois de tantas provações.-Eles estão em boas mãos. Nossas crianças têm a Grande Aliança para babar por elas. Mas eu. Eu preciso da minha Luna em minha cama nesse momento.
A cena no Grande Salão era de um calor e vitalidade que há muito não se via no Castelo do Norte. A tensão dos dias passados havia sido completamente substituída por uma alegria tangível, que vibrava em cada conversa e em cada risada.No centro dessa nova atmosfera, a Família Real irradiava paz. O Rei Alfa Cedric, a frieza habitual derretida em satisfação, estava próximo a sua amada Luna, Skyla. A Rainha, com uma palidez suave ainda presente, sorria enquanto aconchegava o pequeno Siros, que cochilava tranquilamente, sendo uma peça central, mas silenciosa, da celebração. A Princesa Luna corria livremente, seus cabelos acinzentados voando enquanto ela se deliciava na companhia dos primos e amigos.O primogênito, Curtis, finalmente sentia o peso da herança diminuir. Ele e sua Luna Mahina conversavam com uma intimidade relaxada. Mahina, com sua serenidade cativante, segur
- Proponho uma Aliança. Não apenas de não-agressão, mas de colaboração e apoio mútuo. O Norte e o Sul unidos contra qualquer ameaça externa ou interna. Sua família me ensinou que a força é necessária, mas a gentileza é a verdadeira cura. Então estou em dívida com vocês.Cedric se levantou, a dor em suas feridas era insignificante diante da paz que finalmente chegaria através de seu cunhado.Ele apertou a mão de Hao, com um sorriso gentil, e um aperto firme e honesto.- Aceito a Aliança, Rei Hao. Que o Norte e o Sul prosperem juntos, criando um mundo digno da Deusa da Lua. E que meus filhos Curtis, Luna e Siros sejam os primeiros de uma geração que não conhecerá a dor da guerra.Os dois Reis se viraram para o pátio, aonde a Princesa Luna estava rindo ao tentar pegar uma borboleta. A guerra ha
Os Reis Alfas, Cedric e Hao, foram congelados em seus lugares a centímetros e Skyla, os músculos tensos, os punhos cerrados. O poder de Skyla paralisou sua raiva e invadiu suas mentes com imagens.Na Visão Compartilhada, eles viram Ava. Ela estava sorrindo, não os olhos vazios e alguém morta, mas a Ava real, viva, que vivia em seus corações.Ela estava de pé entre eles, com a mão estendida para cada um, a expressão de profunda desaprovação.O feitiço de Skyla, impulsionado pelo amor maternal e pelo desespero, havia forçado os dois Reis a recuarem.Numa visão clara de que Ava não aprovava essa vingança errônea. Já que ela não culpava nenhum dos dois.Logo Ava some e Cedric e Hao caíram de joelhos, a energia lilás se dissipando. Eles voltaram ao normal, o choque da intervenção e a lembr
O Rei Alfa Hao a encarou relutante por um momento, mas cedeu aos olhos azuis da pequena filhote. O instinto de um licano é atender ao pedido de um filhote e ele a pegou.Luna aninhou a cabeça em seu ombro. E então, fez o impensável. Ela levantou a mão e gentilmente acariciou a barba curta de Hao, como fazia com o pai.- Dodói... Triste...Aqui...Luna estava dizendo a ele que ele estava doente no coração e que estava sofrendo, mas que ela estava lá e que ele não precisava ficar triste. Uma cura por empatia.Hao sentiu o peso suave da criança, o calor do seu corpo. E, por um instante, o ódio de Hao não era mais por Cedric, mas pela dor que ele estava infligindo à sua própria sobrinha e à mulher que carregava o filho de seu rival.Ele não demonstrou. Apenas endureceu os músculos e colocou Luna de volta no chão, o movimen
Último capítulo