A lareira ainda queimava lentamente, lançando sombras dançantes contra as paredes. O calor da chama se misturava ao calor dos nossos corpos, colados, exaustos, suados, marcados pelo prazer brutal que tínhamos acabado de compartilhar. O cheiro da madeira queimando se confundia com o cheiro forte de sexo, desejo e pele.
Minha respiração estava pesada, mas ainda mais desordenado estava meu coração. Eu não sabia o que pensar.
Meus olhos estavam fixos no peito de Apolo, subindo e descendo com o ritmo da sua respiração profunda. A pele dele brilhava, úmida, e sua força parecia pulsar até mesmo no silêncio. Minhas mãos, quase por instinto, deslizaram pelo seu peito duro, percorrendo cada músculo marcado. E então, sem pensar, as palavras escaparam da minha boca:
— Eu estou confusa… eu não sei o que está acontecendo comigo…
A voz saiu baixa, quase um sussurro, mas forte o bastante para os dois me ouvirem.
Apolo abriu os olhos lentamente e os fixou em mim. Seus olhos dourados brilhavam com inte